Ter um diploma de graduação é um sonho para muita gente, afinal, cursar uma faculdade abre portas para um mercado de trabalho mais promissor. Porém, uma das grandes preocupações dos jovens adultos ao pensar em ter um ensino superior, está na dúvida em como pagar a faculdade.
Apesar dos números de universidades particulares terem crescido no Brasil e aumentarem as chances dos brasileiros de ter uma graduação, saber como pagar a faculdade sem se endividar parece ser uma grande incógnita para alguns.
Neste artigo você entenderá a diferença de faculdade, universidade e centros universitários, saberá 4 maneiras de conseguir pagar a faculdade sem a angústia de criar mais dívidas para isso e verá qual a melhor modalidade de curso para a sua situação financeira.
Cursos mais baratos do mercado estudantil
Antes de explicar as formas mais fáceis de conseguir pagar a faculdade, é preciso levar em consideração a diferença de valores entre os cursos do ensino superior.
Isso porque existem cursos mais baratos e outros que demandam muito mais tempo e recursos das instituições e, por isso, encarece a mensalidade.
Os preços dos cursos variam de acordo com uma série de fatores, como:
- região em que será realizado;
- modalidade (presencial, semipresencial ou à distância);
- tipo de graduação (bacharelado, tecnólogo, licenciatura etc);
- prestígio da instituição (nota do MEC).
Cursos à distância ou semipresencial tendem a ser mais em conta, da mesma forma que um curso de tecnólogo ou de licenciatura podem ser mais baratos do que um de bacharel.
Segundo uma pesquisa realizada pela empresa de consultoria educacional Hoper Educação, um estudante brasileiro gasta, em média, R$645 por mês para pagar a faculdade.
Cursos mais baratos
Contudo, se você pensa em fazer uma faculdade, mas ainda não decidiu qual área seguir, e precisa levar em conta a sua situação financeira antes de decidir, confira a lista dos 10 cursos mais baratos no Brasil.
Todos os cursos abaixo são da modalidade presencial:
- Pedagogia – R$ 500
- Gestão de Recursos Humanos – R$ 400
- Radiologia – R$ 400
- Letras – R$ 500
- História ou Geografia – R$ 500
- Física ou Matemática – R$ 500
- Gestão Comercial – R$ 400
- Gestão Hospitalar – R$ 400
- Ciências Biológicas – R$ 550
- Serviço Social – R$ 600.
Já na modalidade EAD, a situação muda. Os cursos mais em conta são outros, tais como:
- Administração – R$ 200
- Ciências Contábeis – R$ 200
- Gestão de Recursos Humanos – R$ 200
- Gestão Hospitalar – R$ 200
- Gestão Pública – R$ 200
- Artes Visuais – R$ 300
- Ciências Biológicas- R$ 300
- Ciências Contábeis – R$ 300
- Educação Física – R$ 300
- Geografia – R$ 300
Há também que levar em consideração que existem diferenças entre faculdades, universidades e centros universitários. Quem faz essa distinção, hoje em dia, é o próprio Ministério da Educação (MEC).
O MEC aponta que a faculdade é uma instituição que tem cursos de áreas muito especializadas, e, portanto, possui um leque de cursos menores. Isso porque as faculdades não são livres para criar áreas de graduações diferentes.
Já as universidades, possuem cursos de diversas áreas do conhecimento e precisam, por lei, ter espaços para pesquisa, ensino e extensão.
Ou seja, toda universidade é obrigada a desenvolver atividades para a sociedade, seja tarefas acadêmicas ou não.
Em contrapartida, os centros universitários, possuem liberdade para criar graduações distintas, independente da autorização do MEC, mas precisam que, pelo menos, um terço do corpo docente seja composto por mestres e doutores especializados.
Entender isso é extremamente relevante, pois se um estudante opta por fazer a graduação dentro de universidades privadas, o valor do curso pode alterar. O preço tende a ser muito mais alto do que estudar a mesma área em uma faculdade, por exemplo.
No Brasil, existem 377 faculdades, 197 universidades e 218 centros universitários. Definir qual é o melhor (faculdade, universidade ou centros universitários) depende apenas do objetivo do estudante e do quanto ele consegue investir financeiramente nos estudos.
4 maneiras mais fáceis de pagar a faculdade
Agora que você já sabe quais são os cursos mais baratos e como distinguir o tipo de faculdade que tem a sua escolha, está na hora de entender como funcionam os métodos para pagar a faculdade existentes no Brasil.
Tais maneiras são divididas desde programas criados pelo Governo Federal, até mesmo empréstimos privados estudantil.
De todo modo, se você deseja cursar o ensino superior e precisa entender como pagar a faculdade da melhor forma, aqui estão as melhores maneiras de conseguir isso.
Fundo de Financiamento Estudantil (Fies)
O Fundo de Financiamento Estudantil, FIES, é um programa do Governo Federal, criado desde 1999 para ajudar estudantes a pagar a faculdade.
O FIES é algo como uma linha de financiamento, porém, nesse caso o estudante só paga as mensalidades após formado. Depois de concluir a graduação, ele terá até dezoito meses para começar a pagar.
Isso porque, para o Governo, é o período pelo qual o graduado consegue se estabilizar no mercado e, assim, pode pagar pelos anos em que ficou estudando.
O FIES, atualmente, é um dos programas mais populares do Brasil, aceito em praticamente toda faculdade privada.
Para pagar a dívida que o graduado terá com o Governo, é bom que faça uma amortização dos juros, ou seja, o beneficiado terá que pagar somente os juros fixados durante o período que estará na faculdade.
O que acontece se não pagar o FIES?
Caso o estudante não consiga começar a quitar as mensalidades do FIES após os dezoito meses de carência, é possível fazer uma renegociação da dívida.
Neste cenário, o beneficiado tem duas opções:
- pode solicitar um novo parcelamento e a dívida será fracionada em mais parcelas com valor menor;
- ou pode incluir os valores que estão em atraso nas próximas parcelas que irão vencer.
Lembrando que o não pagamento da dívida do FIES, sem nem ao menos tentar a renegociação, o estudante terá o nome sujo e será negativado, além do CPF constar como inadimplente, sem quaisquer chances de ganhar créditos futuros no banco.
Programa Universidade para Todos (Prouni)
O Programa Universidade para Todos, PROUNI, foi criado para distribuir bolsas de estudos para pessoas de baixa renda que querem entrar na universidade pela primeira vez.
Diferentemente do FIES, o estudante não sai com uma dívida para pagar depois, é o Governo Federal que arca com o valor das mensalidades, dependendo do tipo de bolsa que o estudante conseguir para não pagar a faculdade.
As bolsas podem ser de 100% ou 50%. Cada instituição reserva um número limitado de vagas destinada ao Prouni. Há casos de 1 vaga para cada curso!
O estudante precisa fazer o ENEM e tirar pontuação boa, acima da nota de corte do curso e da instituição, para conseguir a vaga.
Além disso, durante todo o curso, o aluno que tiver a bolsa do ProUni não pode tirar notas baixas nem ficar com dependências de disciplina.
Financiamentos privados
Existem também os financiamentos privados que ajudam a pagar a faculdade dos estudantes que não conseguiram outro tipo de ajuda do Governo Federal.
Os financiamentos privados, são créditos estudantis ou créditos universitários. Eles são concedidos por bancos que pagam a faculdade durante todo o período em que o aluno está cursando.
E, após a conclusão do curso, o beneficiado terá que pagar aquele valor ao banco, de forma parcelada e com juros.
Os financiamentos privados seguem a mesma lógica do FIES, no entanto, cada instituição financeira possui sua forma de financiamento.
Há aqueles que os juros são altos, mas o estudante tem uma flexibilidade maior de parcelas. Enquanto existem outros com juros menores, mas o beneficiado terá um tempo menor para pagar.
Se sua melhor opção para pagar a faculdade for um financiamento privado, a melhor forma é saber quais as possibilidades de cada banco e colocar na ponta do lápis se vale a pena dentro da sua realidade financeira.
Consórcios de pacote de educação
Agora, se nenhuma dessas formas de pagar a faculdade te atraiu, então conheça os consórcios de pacote de educação.
Ela é uma das formas mais chamativas para os estudantes, uma vez que ao garantir o seu consócio de educação, você não paga juros nenhum.
Funciona assim: uma seguradora custeará as mensalidades da faculdade, através de um valor fixo determinado pelo próprio estudante beneficiado.
Neste modelo, o aluno terá muito mais controle e flexibilidade das parcelas, uma vez que o valor pago se tornou “crédito” que o estudante terá que pagar.
Contudo, para garantir um consórcio de pacote de educação, é preciso ter um planejamento. Isso porque depois que você faz o lance do valor dos seus estudos, é necessário esperar a aprovação através da carta de crédito.
Caso aprovado, você terá que planejar a data para começar seus estudos e a instituição de ensino.
Dica bônus: Concurso de bolsas
Algumas outras maneiras ajudam o estudante a ter como pagar a faculdade sem se preocupar com dívidas posteriores. Isso acontece porque existem alguns programas de bolsas oferecidas pelas próprias instituições.
Neste caso, há bolsas de iniciação científica ou bolsas de estudos para os melhores alunos.
Dependendo da faculdade, as bolsas podem ser de 50%, 75% e 100%. Para as bolsas de estudo, normalmente, é preciso realizar uma prova e a pontuação nela define se você conseguirá obter o desconto.
Para as de Iniciação Científica, você deverá produzir uma pesquisa que levará o nome da instituição e ganhará descontos para estudar com isso.
Meios mais baratos para pagar a faculdade
Como dito anteriormente, dependendo da modalidade e do tipo de graduação, as parcelas para pagar a faculdade ficam mais baratas. Aqui você verá quais são as modalidades mais econômicas e como escolher a melhor.
Cursos EAD
Cursos à distância são mais em conta e possuem uma flexibilidade maior não só em relação à forma como você poderá pagar a faculdade, como pela maneira de estudar.
Muitas instituições que liberam cursos estritamente EAD, permitem que o aluno estude em qualquer local, a qualquer hora do dia.
Cursos semipresenciais
Já os cursos semipresenciais são mais econômicos do que os cursos presenciais, porém, um pouco mais caros que os à distância.
Nesses casos, o estudante terá aulas tanto dentro da instituição quanto online, que podem ser feitas em qualquer lugar.
Há casos de cursos semipresenciais em que as aulas são online, mas as provas são feitas dentro da faculdade!
Curso Tecnólogo
Um curso tecnólogo também é uma forma de ter um diploma de ensino superior, mas de um jeito muito mais econômico e muito mais rápido.
Cursos tecnólogos possuem períodos de um ano e meio a três de duração e são cursos totalmente reconhecidos pelo MEC.
Como você pode pagar a faculdade por conta própria
Depois de ter visto diversas formas de pagar a faculdade, você precisa analisar qual a melhor que se encaixa na sua realidade financeira.
Lembre-se que a ideia não é entrar em mais dívidas das quais você não consegue arcar, mas sim pensar em possibilidades de ter acesso ao ensino superior dentro do que é possível para você.
Por isso, pense em maneiras de como arrecadar o dinheiro suficiente das parcelas para pagar a faculdade. Algumas atitudes podem ser de grande eficiência, como:
- Ter uma renda extra: além do seu emprego, você pode tentar uma renda extra que te dê lucros com exatos (ou boa parte) do preço da mensalidade, assim, você não tira do seu salário o valor para pagar a faculdade e não se endivida.
- Poupar dinheiro antes: se o seu objetivo é ter uma graduação, estipule uma meta de quando quer começar a estudar e passe a economizar até lá.
- Fazer estágios: se ter uma renda extra não é muito o que você quer fazer, ter um estágio na sua área pode ajudar não só pagar a faculdade como dar experiência profissional que você precisa.
Pagar a faculdade não precisa ser um tormento, nem um obstáculo se você sonha em ter um ensino superior. Com as dicas deste artigo você conquistará seu diploma sem precisar se endividar.
Fazendo bom uso do seu dinheiro, você consegue alcançar seus objetivos!