Entenda a importância da educação financeira para crianças!

Cada vez mais a importância da educação financeira tem sido difundida na mídia, nos filmes e na escola. 

Isso porque, se houver esse aprendizado desde cedo, menores são as chances de se tornar um adulto endividado e sem preparo para lidar com os desafios das finanças.

Então, que tal começar a construir esse conhecimento com o seu filho o quanto antes? Para isso, separamos dicas, sugestões de jogos e tudo o que você precisa saber para aplicar as lições. Prossiga com a leitura e saiba mais!

O que é educação financeira?

Antes de partir para as dicas úteis, você sabe o que é educação financeira? Ter educação financeira significa estabelecer uma relação saudável com o dinheiro. A ideia envolve deter controle sobre as finanças e, claro, ficar livre de dívidas.

Perceba que educação financeira não é sinônimo de acúmulo de capital ou ser um gênio da matemática. Pelo contrário, a consciência consiste em fazer escolhas inteligentes e sempre pensar a curto, médio e longo prazo.

O objetivo da educação financeira é, sobretudo, ter qualidade de vida e saber como gastar com sabedoria.

Quando falamos sobre educação financeira infantil, a prerrogativa é a mesma. No entanto, as táticas e ensinamentos devem ser feitos de acordo com a faixa etária da criança. 

Qual é a importância da educação financeira infantil?


O podcast Café Com Propósito tem um episódio muito interessante sobre a importância da educação financeira infantil. Além de dicas, o mestre contábil Rhoger Marinho explica de forma didática diversos conceitos fundamentais sobre o tema.

Afinal, por que é importante que as crianças aprendam educação financeira desde cedo? Esse tipo de aprendizado permite que elas se tornem adultos conscientes e melhor preparados para lidar com o orçamento, ganhos financeiros e gastos.

Além disso, entender a importância da educação financeira o quanto antes, é fundamental para ter uma relação saudável com o dinheiro.

E engana-se quem pensa que educação financeira infantil envolve apenas conceitos. É essencial que a criança aprenda como fazer cálculos básicos, conferir troco, quais são as melhores escolhas na hora de ir às compras, como operar o caixa eletrônico etc.

Ainda, é preciso se lembrar que estamos na era digital. Isso significa que fazemos quase tudo pelo internet banking e celular. Portanto, também é importante alertar as crianças e jovens sobre os golpes mais comuns na internet!

Esses são os primeiros passos para criar adultos com inteligência financeira e com habilidades para  investir

Assim, quando tiver idade suficiente, o seu filho saberá exatamente como poupar e como operar um negócio, por exemplo.

Quais lições financeiras ensinar de acordo com a faixa etária?


Obviamente, é preciso respeitar o desenvolvimento intelectual da criança na hora de ensinar lições financeiras.

Isso significa que os pais devem pensar em iniciativas e atividades de acordo com cada faixa etária. Entenda melhor.

Entre 3 e 4 anos

A criança pode ser exposta ao dinheiro desde muito cedo. Porém, é importante que esse contato seja sutil, amigável e sempre divertido.

Entre 3 e 4 anos de idade, a criança é capaz de estabelecer diálogos concisos e coesos e já possuem entendimento do que está acontecendo.

Então, durante a educação infantil, ou seja, entre os 3 e 6 anos, a ideia é que o dinheiro se torne algo familiar. Aqui, as brincadeiras devem ser interativas e sem imposições.

Entre 6 e 10 anos

Durante o ensino fundamental I, entre os 6 e 10 anos de idade, as crianças são alfabetizadas e já sabem como fazer cálculos básicos.

Simular compras em mercados e brincar de caixa pode ser divertido e, ao mesmo tempo, enriquecedor.

Você também pode pedir que a criança ajude em cálculos simples na hora de receber o troco na padaria, por exemplo.

Proponha pequenos desafios, como por exemplo: o que é mais vantajoso, comprar 5 balas hoje ou juntar dinheiro e comprar um chocolate na próxima semana? 

Nesse momento, é importante introduzir a criança ao pensamento crítico e, ao mesmo tempo, ajudá-la a perceber que as escolhas têm consequências.

Entre 11 e 14 anos

No ensino fundamental II, entre os 11 e 14 anos, a dica é dar uma pequena mesada. A criança também pode assumir a responsabilidade de administrar o dinheiro para compra do lanche na escola.

Quando for ao mercado, ensine-o a fazer as melhores escolhas e a analisar os preços dos produtos. Ajude-o também a entender as vantagens das ofertas e ações promocionais.

Entre 15 e 17 anos

Por fim, durante o ensino médio, o jovem já possui condições de colocar a educação financeira em prática com uma autonomia considerável. Isso envolve ensiná-lo a manuseá-lo planilhas e a fazer o seu próprio planejamento financeiro.

Recompense-o por pequenas tarefas e, se for o caso, ele pode até mesmo começar em um programa de Jovem Aprendiz

Ganhar o próprio dinheiro fará com que ele entenda a importância da educação financeira e o valor do dinheiro. 

7 Dicas para ensinar a importância da educação financeira aos seus filhos

Agora que você entendeu a importância da educação financeira e quais lições são ideais de acordo com cada faixa etária, saber como transmitir esses conhecimentos é fundamental.

Mesmo com a educação financeira obrigatória nas escolas, desde a inclusão da abordagem do tema na BNCC (Base Nacional Comum Curricular) em 2020, é essencial que os pais também façam esse trabalho dentro de casa.

Para ajudar você com essa tarefa, separamos 7 dicas para ensinar educação financeira aos seus filhos. 

Assim, fica mais fácil incorporar hábitos financeiros saudáveis na sua casa e, consequentemente, toda a família sai ganhando. Inspire-se com as nossas sugestões!

1. Seja um modelo a ser seguido

A máxima “Faça o que eu digo; não faça o que eu faço” não funciona na educação financeira. Por isso, procure ser um exemplo para o seu filho em todas as ações. Imagem: Pixabay

A máxima “Faça o que eu digo; não faça o que eu faço” não funciona na educação financeira. Por isso, procure ser um exemplo para o seu filho em todas as ações. Imagem: Pixabay

Os filhos se espelham em seus pais, isso é fato. Isso significa que muito da personalidade, hábitos e costumes acabam sendo exemplo para as crianças e jovens.

Por isso, é importante que você seja um modelo a ser seguido. Por exemplo, a compulsão por compras e o desperdício pode acabar se tornando um hábito nocivo para os filhos durante a vida adulta.

Da mesma forma, se os pais forem cuidadosos com as finanças e demonstrarem uma boa relação com o dinheiro, maiores serão as chances das crianças repetir essa postura.

Em outras palavras, de nada adianta se dedicar a ensinar a importância da educação financeira para o seu filho se você não possui uma boa relação com o dinheiro.

As palavras têm tanto peso quanto às ações e isso serve para qualquer outro aspecto da vida!

2. Estipule uma mesada

O ideal é que a mesada não seja a maior nem a menor da turma. Além disso, é importante definir junto com a criança ou o jovem qual será o destino daquele dinheiro. Imagem: Revista Direcional Escolas

O ideal é que a mesada não seja a maior nem a menor da turma. Além disso, é importante definir junto com a criança ou o jovem qual será o destino daquele dinheiro. Imagem: Revista Direcional Escolas

A mesada é um dos melhores meios para ensinar a importância da educação financeira para as crianças e jovens.

Isso porque é preciso aprender como gerenciar o ganho e refletir sobre as escolhas na hora de gastar a mesada.

Para as crianças menores, a dica é reduzir a periodicidade, ou seja, em vez da mesada, dê um troco a cada semana ou 15 dias. Isso facilitará a administração para os pequenos.

Embora muitos pais vêem a mesada com maus olhos, essa é a melhor maneira do jovem aprender as lições financeiras na prática.

Como hoje em dia o costume de dinheiro em espécie está cada vez mais em desuso, você também pode investir em um cartão de crédito para crianças e adolescentes.

É possível determinar um limite junto ao banco e expandir os aprendizados do seu filho, já que ele vai precisar aprender a diferença entre as funções de crédito e débito, como operar o caixa eletrônico, como pagar as faturas, prazos de pagamento, juros etc.

No entanto, é importante que, ao adotar a mesada, os pais tenham pulso firme e não dêem dinheiro extra.

Esse costume pode dificultar os aprendizados e prejudicar o entendimento em relação ao valor do dinheiro. Afinal, a ideia é, justamente, que o jovem aprenda a poupar e a fazer escolhas inteligentes a partir de um orçamento fixo limitado.

3. Ensine a importância de economizar

Ensinar a criança a economizar é um dos pilares da educação financeira. Imagem: Pixabay

Ensinar a criança a economizar é um dos pilares da educação financeira. Imagem: Pixabay

A maioria dos adultos precisam poupar em algum momento da vida, seja para comprar um carro, uma casa ou para investir em um negócio.

Se você nunca aprendeu como economizar ao longo da infância e da juventude, dificilmente conseguirá traçar metas e fazer planos de compras ambiciosos a longo prazo.

Nesse sentido, definitivamente, vale a pena ensinar os seus filhos a economizar desde pequenos. 

Entre os 6 e 10 anos, o cofrinho é uma ótima ferramenta para poupar. Dessa forma, a criança pode juntar moedas e acompanhar a evolução do acúmulo até conseguir o valor para comprar o item de interesse.

O hábito ajuda a criança a treinar o hábito e a adiar pequenos prazeres em troca de uma conquista maior no futuro.

Uma dica interessante é introduzir a ideia de rendimento. Como? Faça um acordo com a criança e ofereça rendimentos sob a quantia que está no cofrinho. Assim, o pequeno entenderá a importância da questão do tempo para fazer o dinheiro render mais.

4. Faça com que o seu filho entenda o valor do dinheiro

Dê abertura para que haja momentos no dia-a-dia que permitam o entendimento em relação ao valor do dinheiro. Imagem: Pixabay 

Dê abertura para que haja momentos no dia-a-dia que permitam o entendimento em relação ao valor do dinheiro. Imagem: Pixabay

Limitar a educação financeira a conversas pode ser muito abstrato. Isso significa que a criança ou jovem precisa ter experiências práticas das lições.

Além disso, os conceitos são complexos e envolvem entendimentos específicos, como inflação, juros e políticas econômicas.

Portanto, procure sempre converter os ensinamentos em ações, claro, de acordo com a idade do seu filho.

Na hora de ir às compras do mês no supermercado, por exemplo, convide a criança para analisar as opções e pesquisar preços.

Também é preciso evitar o hábito de atender a todos os caprichos dos pequenos e comprar com frequência roupas e brinquedos novos.

Assim, os filhos adquirem o costume de, naturalmente, refletir sobre o impacto e valor do dinheiro no dia-a-dia.

Aos pouquinhos, eles perceberão que é preciso fazer escolhas sábias e que o dinheiro é limitado.

5. Utilize brincadeiras, jogos e aplicativos para passar as lições 

O famoso Banco Imobiliário - ou Monopoly - é uma brincadeira divertida e cheia de lições sobre educação financeira. Imagem: Pixabay

O famoso Banco Imobiliário – ou Monopoly – é uma brincadeira divertida e cheia de lições sobre educação financeira. Imagem: Pixabay

Brincadeiras, jogos, aplicativos e atividades lúdicas são divertidos, entretém e podem servir como poderosos meios para passar as lições.

Você pode simular uma ida à feira com uma caixa registradora de brinquedo, por exemplo, e estimulá-lo a fazer cálculos básicos, manusear dinheiro e dar o troco.

Jogos de educação financeira infantil

Existem diversas opções de jogos de tabuleiro cuja proposta é ensinar educação financeira para crianças. Confira algumas opções:

Aplicativos de educação financeira infantil

Claro que não podemos deixar de mencionar os games digitais e aplicativos de educação financeira! Conheça alguns deles:

6. Convide a criança para participar de pequenas decisões financeiras

A compra do mês é uma excelente oportunidade para o seu filho pesquisar preços, tomar decisões e treinar os aprendizados! Imagem: Pixabay

A compra do mês é uma excelente oportunidade para o seu filho pesquisar preços, tomar decisões e treinar os aprendizados! Imagem: Pixabay

Quando planejar a viagem de férias ou na hora de comprar o presente de aniversário do amiguinho, convide o seu filho para participar das decisões.

Limite um orçamento e peça a sugestão dele. Faça-o refletir sobre qual é a melhor escolha, considerando a qualidade e o valor do produto ou serviço.

É importante alertá-lo que não é possível ultrapassar o orçamento estabelecido e que a avaliação das vantagens e/ou utilidade do item também deve ser pesada.

Essa prática fará com que o seu filho se sinta fundamental em todo o processo e que ele desenvolva autonomia em relação ao uso do dinheiro.

Momentos em família como esses, são ótimas maneiras de construir aprendizados e transmitir lições financeiras importantes para as crianças.

7. Incentive-o a ler livros sobre o assunto

Além da leitura ser um ótimo hábito, ela também é uma excelente ferramenta para as crianças aprenderem sobre educação financeira. Imagem: Pixabay

Além da leitura ser um ótimo hábito, ela também é uma excelente ferramenta para as crianças aprenderem sobre educação financeira. Imagem: Pixabay

Ler é um hábito enriquecedor que toda criança deve ter. Na hora de selecionar os títulos, vale trazer também algumas opções sobre educação financeira.

Mas, atenção, é preciso considerar a indicação da faixa etária da obra. Existem livros para todas as idades e, cada um deles, utilizam linguagens e conceitos específicos. A seguir, separamos algumas sugestões, confira:

Após a leitura desse conteúdo, conseguiu perceber a importância da educação financeira para as crianças?

Com pequenas práticas e adoção de hábitos simples é possível transmitir aprendizados econômicos que farão toda a diferença para a vida adulta do seu filho.

Antes de planejar as primeiras lições do pequeno, confira o nosso kit de Planejamento Financeiro e obtenha gratuitamente um material exclusivo com tudo o que você precisa para organizar as finanças da família!