Veja a previsão da inflação 2023

Você sabe qual é a previsão da inflação para 2023? Essa informação é fundamental para realizar um bom planejamento financeiro e escolher com mais assertividade onde investir.

Isso porque as oscilações do índice de inflação impactam os rendimentos dos investimentos e podem diminuir o poder de compra. 

Então, se você deseja saber qual é a previsão de inflação para 2023, prossiga a leitura! Ao longo desse conteúdo, explicaremos o que é inflação e qual a projeção inflacionária para esse ano. Vamos lá?

O que é inflação?

A inflação é um conceito que impacta diretamente o orçamento mensal e o poder de compra da população. Imagem: Banco Pan

A inflação é um conceito que impacta diretamente o orçamento mensal e o poder de compra da população. Imagem: Banco Pan

Em poucas palavras, a inflação refere-se ao aumento generalizado e contínuo dos preços de produtos e serviços de um país.

Por exemplo, se o preço do café aumentou nos últimos 3 meses, podemos afirmar que houve uma inflação no valor desse item.

O índice de inflação é o resultado da média no preço dos itens que estão analisados, no caso, o café.

Da mesma forma, se o preço do bem de consumo reduzir de forma generalizada e contínua, ocorre a chamada deflação. Geralmente, ela acontece quando os consumidores compram menos, o que pressiona e provoca as empresas a reduzirem o preço dos produtos.

No caso do Brasil, os últimos 5 anos têm sido marcados pela alta da inflação. Em parte, isso pode ser explicado pela alta taxa da taxa de juros e pelas crises desencadeadas pela pandemia da COVID-19.

Por que a inflação acontece?

Entendeu o que é inflação? Agora você deve estar se perguntando, mas, afinal, por que isso acontece?

Os índices de inflação oscilam devido a diferentes fatores. Um dos principais motivos que podem levar à redução ou aumento dos preços é a lei da oferta e da procura. Nesse caso, se o produto tem muita procura, é provável que haja um aumento no valor do produto. Da mesma forma, se o item está com baixa demanda, o preço tende a diminuir e a inflação pode até mesmo desaparecer.

Outro fator que pode influenciar o índice de inflação é o aumento dos custos de produção. Nessa situação, para manter a sua margem de lucro, o empresário repassa esse aumento para o consumidor, o que encarece o produto.

Paralelamente, não podemos deixar de mencionar a influência da taxa de juros. A longo prazo, a alta da taxa de juros encarece o crédito. Isso significa que as empresas precisam de mais dinheiro para pagar suas dívidas, o que provoca um aumento no preço dos seus produtos.

Por fim,  o aumento da emissão de papel moeda é outro fator que pode provocar a alta da inflação. Isso porque, diante do aumento da circulação do dinheiro sem o aumento da produtividade, ocorre a perda do poder de compra e, consequentemente, o aumento da inflação.

Portanto, observe que o aumento da taxa de índice da inflação pode ocorrer devido a um ou mais motivos. 

Na prática, além de diminuir o poder de compra da população, a inflação alta provoca incertezas na economia e, na pior hipótese, pode levar à recessão. É por isso que os investidores ficam receosos de fazer aportes diante do alto índice de inflação.

Como a inflação impacta o dia a dia dos brasileiros?

As compras de mercado têm ficado mais caras a cada mês? Provavelmente, a culpa é da inflação. Imagem: Banco Pan

As compras de mercado têm ficado mais caras a cada mês? Provavelmente, a culpa é da inflação. Imagem: Banco Pan

E no dia-a-dia, como a inflação pode afetar você? Um dos maiores sintomas que costumam aparecer por conta da alta desse índice, é a redução do poder aquisitivo. E isso torna-se ainda pior entre os mais pobres.

Afinal, nesse cenário, é preciso desembolsar mais dinheiro para comprar os itens básicos da despesa, ou seja, produtos e serviços básicos do cotidiano ficam mais caros.

Por outro lado, as empresas também sofrem impacto negativo. Isso porque, com a alta dos produtos, o consumo tende a diminuir. Ao vender menos, menores são os lucros dos empresários, o que pode gerar demissões e dívidas e até mesmo falir o negócio.

Os investidores também costumam sentir impacto negativo com a alta da inflação. Isso ocorre pois o rendimento real aparece somente após o desconto da inflação. Por exemplo, se um investimento teve retorno de 8% no último ano e a inflação desse mesmo período foi de 3%, a rentabilidade real foi de apenas 5%.

Porém, vale destacar que esse cenário muda no caso de investimentos que acompanham o índice de inflação, como os de renda fixa. Isso ocorre pois, esses tipos de investimentos possuem sua valorização atrelada à taxa Selic. 

Como o assunto é complexo, é preciso ter atenção na hora de escolher o tipo de investimento. Afinal, temos assistido à alta da taxa de inflação nos últimos anos e as projeções para 2023 apontam que esse movimento deve continuar.

Por isso, na hora de fazer os aportes, é importante contar com um banco sólido e instituições confiáveis. Diversificar a carteira de investimentos e respeitar o seu perfil de investidor, também são estratégias interessantes.

Como é medida a inflação?

A inflação é medida a partir de diferentes índices. O principal é o IPCA, Índice de Mensuração da Inflação de Preços ao Consumidor Amplo. O IPCA é medido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) por meio do monitoramento da oscilação de preços de centenas de produtos e serviços.

Além do IPCA, o IGP-M (índice Geral de Preços e Mercado) também é considerado para medir as variações de preços no país. Esse índice é bastante conhecido por ser referência para o reajuste de aluguéis e para o cálculo da parcela de financiamentos imobiliários.

A partir desses índices, o IBGE determina a taxa de inflação de determinado período e o CMN (Conselho Monetário Internacional) a utiliza como parâmetro para estabelecer as metas de inflação.

Histórico dos índices de inflação no Brasil

A inflação na década de 90 era tão grave que com a adoção do Plano Real, R$1 equivalia a CR$ 2.750,00. Imagem: Folha de Londrina

A inflação na década de 90 era tão grave que com a adoção do Plano Real, R$1 equivalia a CR$ 2.750,00. Imagem: Folha de Londrina

O Brasil possui um histórico marcante de alta na taxa de inflação. A exemplo, podemos mencionar as décadas de 70, 80 e 90, épocas nas quais os índices de inflação chegavam a mais de 100%.

Nesse período, eram comuns oscilações bruscas, ou seja, o preço do café poderia valer Cr$10 e, no dia seguinte, custar Cr$100. Isso só foi mudar com o Plano Real, em 1995. Desde então, os índices de inflação foram controlados a um nível aceitável.

Para que seja mais fácil o seu entendimento, confira o gráfico a seguir. Nele, é possível observar a redução brusca da taxa de inflação após a adoção do Real.

Como a mudança de governo afeta a inflação de 2023?

Com as eleições de 2022, as mudanças no Governo devem influenciar os índices de inflação. Isso porque, naturalmente, novas políticas econômicas são adotadas, revogam-se medidas passadas e estabelecem-se novas metas fiscais.

Então, o que esperar sobre as taxas de inflação para 2023? Como a nova política fiscal ainda não foi apresentada – o prazo é até agosto/2023 – ainda há muitas incertezas na economia.

Entretanto, o Banco Central já elaborou a previsão da inflação para 2023. Foi divulgada uma estimativa de aumento do índice da inflação, de 4,6% para 5%. 

Em relação à meta de inflação para o calendário 2023, ela foi fixada em 3,25% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,75% e 4,75%.

Contudo, diante do aumento da previsão de inflação para 2023, maior é a chance de estourar o teto da meta, ou seja, a inflação deve ficar acima de 4,75%. O Banco Central informou que a probabilidade disso acontecer é de 57%.

Por outro lado, embora seja improvável, essas previsões podem mudar. Por isso, é importante acompanhar as notícias e informes oficiais sobre economia e os relatórios divulgados periodicamente pela instituição.

Qual vai ser a diferença de inflação entre 2022 e 2023?


A previsão da inflação para 2023 é alta e há expectativa de que a meta inflacionária continue sendo extrapolada.

Se o cenário da previsão de inflação para 2023 se confirmar, esse será o terceiro ano seguido de alta inflacionária e não atingimento da meta de inflação.

No Copom de dezembro de 2022, o Banco Central atualizou os indicativos de inflação: 6% em 2022, 5% em 2023 e 3% para 2024. A taxa Selic será mantida em 13,75% ao ano, pela terceira vez seguida.

Portanto, é possível afirmar que, por ora, a diferença de inflação entre 2022 e 2023 é muito sútil. Ainda que a expectativa seja de uma leve redução, o índice continua alta, bem como, é esperado novamente que a meta inflacionária não seja cumprida.

Por que a inflação deve continuar em alta em 2023?

A previsão de inflação para 2023 deve continuar em alta por diversos motivos. Entre eles, destacam-se:

  • as consequências a longo prazo da pandemia da COVID-19 que provocou a interrupção temporária da oferta de alguns produtos e o desembolso de recursos extraordinários na época, como os pagamentos de auxílios temporários;
  • a Guerra da Ucrânia, já que ela está provocando a alta do preço dos combustíveis;
  • possível retorno de tributos federais sobre os combustíveis;
  • elevação dos gastos orçamentários, por meio da PEC da transição.

Entender o que é inflação e como ela pode impactar as finanças, é fundamental para fazer escolhas mais assertivas na hora de investir.

Além disso, a inflação está diretamente relacionada às altas dos preços de produtos e serviços básicos, o que impacta o planejamento mensal e o controle sobre os gastos.

Agora que você já tem uma ideia sobre o que esperar em relação à previsão de inflação para 2023, continue navegando no blog do Investe Digital e confira outros materiais sobre economia e finanças pessoais!